segunda-feira, 28 de julho de 2008

Eu quero Portugal em todo o lado!

O Senegal, as Ilhas Maurícias e a Guiné Equatorial, argumentando proximidade histórica e geográfica, pretendem juntar-se à CPLP. Embora ache estranho alguém querer juntar-se a um clube que gira em torno da Língua Portuguesa e tem como um dos seus principais feitos o Acordo Ortográfico não é sobre isso que vou falar. A candidatura do Senegal, das Ilhas Maurícias e da Guiné Equatorial deu-me uma ideia que poderia revolucionar Portugal. Partindo do princípio que estes países, onde se fala tanto português como em Vladivostok ou num estaleiro da construção civil em Ermesinde, podem entrar para a CPLP, acho que, com um bocadinho de jeito conseguíamos entrar na Commonwealth (não me importava de conduzir à esquerda ou de adoptar o sistema métrico...), na OPEP, no Conselho de Segurança da ONU ou tornarmo-nos no 51º estado dos Estados Unidos (já mandam em nós e mandam, qual era o mal de nos deixarem votar no Obama?).

Podiamos inscrever Portugal na Opus Dei, na Maçonaria, no Clube de fãs do Tony Carreira. ou como sócio do Benfica.. Seríamos uma espécie de oposto da Suíça e estaríamos nos clubes todos. E só vejo vantagens:

1) Acabávamos com o desemprego visto que, para assegurarmos a nossa participação nestes clubes todos teríamos que mobilizar população toda para isso:

- O que é que tu fazes?

- Eu? Eu sou o embaixador de Portugal no Clube Disney...

- Pois eu sou o representante de Portugal nos Alcoólicos Anónimos!

2) Deixava de haver crime visto que, se todos tivéssemos imunidade diplomática, estaríamos inimputáveis, logo os nossos crimes não contariam.

3) Deixavam de haver Portugueses em Portugal, visto que andaríamos todos, em diáspora, a tratar da nossa representação externa, o que é positivo visto que ainda ganhávamos uns trocos se vendêssemos isto aos Holandeses (que não tarda nada ficam sem país) ou aos Espanhóis.

4) Deixávamos de gastar dinheiro em casa, comida e carro visto que, como diplomatas, teríamos todos direito a residencia oficial, viatura oficial, a jantares e almoços em hotéis de 5 estrelas e, todos esses privilégios de que usufruem os diplomatas (como férias em paraísos tropicais durante todo o ano).

Só tínhamos a ganhar! Espero que este texto chegue ao Sócrates...

5 comentários:

Um lugar ao Sul disse...

Woody a presidente!

Platão disse Não disse...

Isto só mostra que o Senegal e a Guiné Equatorial não estão bem com o seu mal e querem-se juntar ao mal dos outros!

A CPLP está torna-se atractiva, do Suriname chegam noticias que o manda-chuva de lá quer que os seus habitantes tenham direito à "Força de Campeões" para que possam receber um cartão de sócio da selecção de Portugal!

Os ossos do Camões devem estar a estalar no caixote, só de pensar que estes 3 países querem-se juntar a Países que falam português, pode ser que com a língua portuguesa do Senegal, a gente por cá comece a dar menos calinadas!

p.s: O único guiniense equatorial que vi fala espanhol e joga no SLB, logo a Guiné que se junte aos Espanhois!

Woody disse...

In. r.

Então meu! Não estavas de férias?
Se a Guiné Equatorial se juntasse à CPLP sempre era uma hipótese de me deixarem naturalizar guineense equatorial e ter a hipótese de jogar pela selecção local (não deve haver grande concorrência) e, assim, partilhar o relvado e o balneário com o grande Balboa!

Iris Restolho disse...

Eu sempre quiz ser embaixadora... assim seria a minha oportunidade.

Mas agora a sério, pelo menos o quão séria eu posso ser, quantos mais falarem português por mim melhor, seremos mais contra o acordo ortográfico. Apenas precisamos de os fazer ignorar o brasil,

Achas que podemos fazer com que a descoberta(ou deveria dizer descobrimento), do Brasil possa ser olvidada, totalmente?!

Woody disse...

Quem não gostaria de ser embaixador?
Pode ser uma hipótese de boicotarmos o acordo ortográfico, mas quem nos garante que não impingem novo acordo em que, em vez das influências brasileiras, teremos que levar com as influências de algum dialecto do Senegal profundo?
De qualquer maneira não os podemos fazer ignorar o Brasil. É que, quer-me parecer, que o motivo pelo qual estes países querem aderir à CPLP não é a proximidade histórica com Portugal e, muito menos, a língua portuguesa...