terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Utilizar a cabeça para resolver os nossos problemas económicos e não só

Um dos problemas deste Governo é a falta de criatividade nas soluções para os nossos problemas. É só cortar, cortar, cortar... O que é estúpido quando há tanto que ainda pode ser feito.

(sim, a seguir vem uma ideia genial)

Como por exemplo, dar uma dedução no IRS a todos os cidadãos que aceitassem ser patrocinados por uma grande marca. A contrapartida seria esse cidadão ter que utilizar um boné com o logotipo do seu patrocinador em público durante x tempo ao longo do ano. Toda a gente ganhava com este modelo "treinador do Paços de Ferreira em flash interviews": ganhava a marca que por 50€ por cidadão aumentava a sua visibilidade e ganhava o cidadão que pagava menos impostos.

É uma ideia sem desvantagens! Se já fizeram tanta merda porque é que não hão-de vender as nossas cabeças como outdoors publicitários? Não faltariam clientes dispostos a recorrer a esta solução como a EDP, a Coca Cola, a Casa dos Segredos, o Professor Bambo, aqueles sítios que compram ouro por dinheiro ou serviços de acompanhantes de luxo (com anúncios codificados para que só os frequentadores deste tipo de serviços os consigam perceber mas feitos de uma forma tão incompetente que toda a gente chega lá: "Mais vale acompanhado luxuosamente que só. Acompanhantes + luxo (em termos relativo). Perceberam? P.S. Temos travestis.").

Os bonés poderiam ter sensores que detectassem a presença de pessoas nas imediações, quanto maior a exposição do cidadão a outras pessoas, maior o seu valor publicitário (logo maior o seu prémio). Podíamos chegar a um ponto em que diferentes marcas batalhavam pelo privilégio de utilizar a cabeça do Sr. Manuel para colocar um dos seus bonés.

Obrigar, ou melhor, incentivar as pessoas a andarem de chapéu seria também um nobre contributo do Governo e dos patrocinadores na luta contra o cancro de pele, que é um grande flagelo.

Escusado será também referir que o aumento do uso de boné levaria a um aumento exponencial da swag dos portugueses. Para isso, as marcas teriam que oferecer às pessoas bonés todos estilosos e não aqueles foleiros tipo panamá ou chapéus de cowboy com lantejoulas (a não ser que o produto a publicitar assim o exigisse, quem paga tem sempre a última palavra). Até devíamos agradecer!

(eu pagava 50€ só pelo gozo de ver um contribuinte qualquer a andar com um boné com uma fotografia do José Cid todo nu ou a incentivar as pessoas à leitura da obra de Gilles Lipovetsky)

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